Tempos de Crise
Por: Fernando Marin
E a crise política
parece que não tem fim, com as continuadas denúncias de corrupção
e acusações contra governantes e representantes do povo, inclusive
com prisões e condenações.
Grandes empresários
estão envolvidos em esquemas de propinas e doações de valores
altos para campanhas políticas, muitas delas não contabilizadas e ,
portanto, ilegais.
Também há muitos
políticos e ex-governantes tornados inelegíveis pela tida como
implacável Lei da Ficha Limpa, que lutam com todas as forças para
conseguirem encontrar uma brecha para escaparem de seus rigores e
tentarem retornar à cena.
Enquanto isso, o
país foi envolvido em uma enorme crise econômica, que vem causando
desemprego e queda em todos os índices de produção, agora até
mesmo na agroindústria, antes preservada dessa situação.
A mudança de
governo ainda ensaia medidas que possam mudar esse trágico panorama,
tenta dar sequencia à vida do país, mesmo em meio às denúncias
que chovem sobre os que agora comandam o Brasil.
E a população ,
partidarismos à parte, é quem sofre com as dificuldades econômicas
e a falta de emprego. Além disso, houve uma grande queda na
qualidade dos serviços públicos, que já não eram eficientes, e
que hoje pioram ainda mais devido à falta de verbas disponíveis.
Em cidades onde os
royalties do petróleo eram fonte de receita, a situação hoje é
quase que de caos, pois em muitas delas esses valores sempre foram
gastos de forma incorreta, financiavam eventos, shows e outros
supérfluos mais e , hoje, esse dinheiro vem fazendo falta até mesmo
para o pagamento de serviços básicos, como coleta de lixo e limpeza
de ruas.
Mas, por que
chegamos até esse ponto?
Com certeza, sem
medo de errar, a culpa é nossa.
Erramos quando
votamos mal, escolhemos candidatos sem compromisso com as pessoas,
que visam o poder e as vantagens que podem advir dele. Erramos quando
não comparecemos à urna, no dia da votação, por acharmos que de
nada adianta votar. Erramos quando anulamos nosso voto, e assim
abrimos espaço para que um mau candidato seja beneficiado.
Erramos quando nos eximimos da nossa responsabilidade como cidadãos
Existe ainda o pensamento de muitos, principalmente de cristãos, de que a política não é ambiente para o povo de Deus, que seria um meio sórdido, recheado de pessoas desonestas. Ora, há pessoas desonestas em todos os lugares, inclusive dentro das igrejas. E se há pessoas assim na política isso acontece exatamente porque muitos dos bons, dos honestos, dos éticos se afastaram da vida pública pensando dessa forma, o que favoreceu aos desonestos e não éticos, que enxergaram espaço para as suas práticas não-cristãs.
A responsabilidade é
nossa, conosco e com os demais.
É nosso dever
escolhermos bem em quem confiar o nosso voto, conhecer bem o passado
do candidato, a sua vida pessoal, a sua conduta.
Mais uma eleição
se aproxima. Que cada cidadão esteja consciente da importância que
tem o seu voto, que reflita sobre tudo o que o Brasil tem passado por
más escolhas do passado. E que planejemos um futuro de paz e
prosperidade para nossos filhos e netos.
É o que eu espero.
Fernando Marin