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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A importância da vida política



A importância da vida política



Por :Fernando Marin



  Quando passei a participar da vida política da minha cidade recebi vários questionamentos,  como um cristão poderia participar de coisa tão suja?

   Claro que esse tipo de colocação não me fez mudar de opinião, afinal onde o ser humano se faz presente há grande possibilidade de acontecerem coisas erradas, mas não se pode generalizar.  Se há algo de sujo nisso não está na política em si, mas nos atos de muitos que dela participam, e que hoje estão sendo processados e presos de acordo com os crimes que cometeram.

   Mas, o que é a política? De acordo com a Wikipedia, política é “a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados”. Ou seja, tudo o que é relativo ao governo.

  Vivemos em uma sociedade democrática, onde qualquer pessoa que esteja de posse da sua cidadania pode – e deve – participar direta ou indiretamente da administração do seu país, estado ou cidade. É um direito, votar e ser votado.

   Para isso existem os partidos políticos, onde os cidadãos se filiam de acordo com a sua ideologia para que possam  trabalhar a fim de elegerem  seus candidatos, para que governem de acordo com as diretrizes firmadas por essas agremiações.

  Os partidos escolhem seus candidatos através de Convenções,  por votação de seus filiados e/ou dirigentes (dependendo dos Estatutos de cada um) , esses candidatos são registrados pelos Tribunais Regionais Eleitorais e participam das eleições, onde o povo elege os que considera os melhores.

   Por isso é tão importante que a população passe a participar mais ativamente da vida política, para que possa melhor compreender o processo, selecionar candidatos que efetivamente tenham condições de executar um trabalho produtivo e que venha a beneficiar a coletividade. Quando elegemos mal um vereador, deputado, governador ou outro representante a má gestão sempre acarretará em prejuízo para todos.

   Todos nós somos responsáveis pelos acertos e erros dos nossos governantes.

  Participe! Procure um partido político com o qual você se identifique, colabore, passe a entender melhor o processo e aí, com certeza, estaremos construindo uma sociedade mais justa para todos.

   Fica aqui o meu recado.



   Fernando Marin

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

A sociedade que criamos.



A Sociedade que Criamos


Por: Fernando Marin



   Como se não bastassem as recentes cenas de barbárie que assistimos acontecerem em diversos presídios no país , agora o que se vê são saques, roubos e mortes em diversas cidades do estado do Espírito Santo, onde a polícia militar está há alguns dias fora das ruas.

     Com a ausência do policiamento, muitos cidadãos decidiram partir para saques e roubos  certos da impunidade , que aliás sempre existiu em nossas terras.

   Alegando os baixos salários que recebem os PMs do estado, seus parentes resolveram "bloquear" a saída dos quartéis, e os militares estão de braços cruzados enquanto que a criminalidade barbariza a população capixaba.

     O que mais nos surpreende são os saques às lojas, realizados não por bandidos comuns, mas por populares que se aproveitam da situação para obter , quem sabe, aquele objeto sonho de consumo tão difícil de ser adquirido pelas vias normais. 

     Nem a presença dos militares das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança conseguiu impor ordem ao caos que reina pelas terras capixabas, o que aumenta mais ainda a nossa preocupação, afinal os governos há muito vem perdendo aos poucos o controle da segurança no país.

    Uma situação previsível , há décadas que a educação pública vem sendo desmontada e desqualificada, os estudos que criavam a visão de cidadania ,de ética, de patriotismo foram simplesmente retirados das grades, deixaram de existir, sabe-se lá por que.

     Paralelamente, um decréscimo na qualidade de vida das pessoas, cada vez mais gente vivendo em comunidades carentes, desemprego altíssimo, falta de oportunidades, decadência dos serviços públicos básicos acabam gerando insatisfação em diversos segmentos da população, e isso aliado à uma educação precária com certeza gera o descontentamento e a revolta. 

     Além disso, uma legislação penal ultrapassada, um sistema judiciário lerdo e injusto, maus exemplos de impunidade no meio político, ajudam a criarem essa sensação de que aqui tudo pode. E essa é a sociedade que criamos, a do jeitinho, a do que "todo mundo faz", cidadãos que se comportam como tal apenas e tão somente na presença da autoridade, da punição.

     O pior é se constatar que a nossa classe política, isolada em Brasília, uma verdadeira ilha da fantasia, onde os policiais militares são os mais bem pagos no Brasil, onde os salários dos servidores do Congresso fazem inveja a qualquer profissional , onde os senhores congressistas e familiares possuem segurança 24 hs por dia, está muito pouco preocupada em resolver essas questões, talvez até por receio de que uma mudança na legislação possa vir a afetá-los de alguma maneira.

     Creio que é momento de adotarmos o que tem dado certo em países do dito primeiro mundo, de modernizarmos as leis e o sistema judiciário, de se adotar um novo e eficiente modelo de educação básica, de se trabalhar para a melhoria das condições de vida das pessoas. Assim, não se precisará no futuro se gastar tanto em segurança pública, afinal a polícia não pode ser responsabilizada pela falha nas instituições que provocam a violência e o crime.

    É hora da população cobrar dos senhores congressistas as mudanças necessárias para que haja uma sociedade melhor, sob o risco de, em poucos anos, ficarmos trancados em nossas casas, reféns do caos social e do descontrole total da criminalidade.

     Eu cobro, e você?

     Fernando Marin