(In)Justiça
Obedeçam
às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a
permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares
por ele Rm 13.1 NTLH
Gosto de assistir aos telejornais enquanto tomo meu café da manhã,
é sempre bom iniciar o dia bem informado ou ,pelo menos, pronto para
enfrentar alguma adversidade previsível. Até mesmo pela previsão
do tempo, embora essa falhe mais do que a Justiça dos homens aqui no
Brasil.
Falo da Justiça
depois de assistir a uma reportagem, onde ,do helicóptero, as
câmeras flagraram um grupo de 13 homens armados, uns 4 ou 5 com
fuzis, “patrulhando” uma área de uma perigosa favela do Rio.
Fatos como esse não
são novidade, homens portando fuzis no Rio são fato corriqueiro,
nem sei como eles adquirem essas armas de guerra, caras e complexas.
Pior é que as usam até mesmo para assaltar uma padaria, colocando
em risco a vida de muitas pessoas em caso de confronto com a polícia.
Mas, o que mais me
chamou a atenção nessas imagens nem foram os fuzis, já estou
acostumado, mas sim pelo fato de um desses homens usar uma
tornozeleira eletrônica, o que significa que é um elemento
“monitorado” pela Justiça, portanto, um bandido conhecido e que
está nas ruas por algum recurso jurídico em vigor.
Creio que é a prova
da ineficácia desse monitoramento. Claro que a maioria dos
marginais, quando soltos, retorna imediatamente ao crime, isso é
sabido por todos. É comum alguém ser preso e , ao se consultar a
sua ficha criminal, se encontrar diversas anotações por crimes. E ,
apesar delas, o elemento está solto, praticando todo tipo de delito.
Urgência
urgentíssima uma completa reforma nas nossas leis penais e no Código
de Processo Penal, readequando a nossa legislação criminal aos
dias de hoje, aos crimes horrendos e hediondos a que assistimos todos
os dias, tentando assim diminuir os índices de reincidência e de
recuperação.
E não só as leis
que devem ser atualizadas, mas paralelamente deve acontecer uma
reforma no sistema penitenciário, criar mais dignidade e disciplina,
projetos de socialização, para que essa recuperação seja viável
e poucos voltem a delinquir.
Enquanto isso não
acontece, nossos policiais enfrentam a morte todos os dias nas ruas
num trabalho inócuo, como eles mesmo afirmam, de “enxugar gelo”,
prendendo bandidos que estarão soltos e voltando ao crime em poucos
dias e a população continuará acuada e sofrendo com a
criminalidade cada vez mais crescente.
Ou eu estou errado?
Fernando Marin
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