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sábado, 21 de junho de 2014

O Desafio de ser Jovem do Século XXI



O Desafio de ser Jovem no Século XXI


Por: Fernando Marin


“Nos dias de hoje somos desafiados, mas não transformados; convencidos, mas não convertidos. Ouvimos mas não praticamos. E desse modo enganamos a nós mesmos” Vance Havner

  Convidado a falar aos jovens de nossa igreja, procurei um tema que fosse atual e que os fizessem pensar sobre seu futuro. Buscando na Bíblia – e ela tem respostas para todas as nossas questões – encontrei no livro do profeta Daniel os subsídios que necessitava para transmitir à juventude os padrões ideais de uma ‘Geração Forte” – esse era o tema do encontro.

  Não irei aqui pregar sobre o livro de Daniel, nem falar sobre a sua característica apocalíptica, nem debater a questão das 70 semanas. Não. Irei apenas e tão somente estudar o caráter e o comportamento do jovem Daniel e extrair dele exemplos que podem e devem ser seguidos por todos os jovens que almejem uma vida de sucesso dentro da integridade e da ética, como o profeta nos ensinou.

  Daniel, então com 12 a 16 anos, era um jovem nascido em família real, provavelmente em Jerusalém, onde vivia quando o rei babilônico Nabucodonosor invadiu a cidade e levou todo o povo cativo para sua terra. Nessa época, o rei chamou seu assistente Aspenaz e mandou que ele escolhesse entre os prisioneiros alguns jovens que fossem de boa aparência, sem defeitos  físicos, inteligentes, instruídos e que pudessem ser preparados por 3 anos para servirem no palácio. Daniel foi um desses escolhidos.

  Quando lemos os primeiros 6 capítulos do livro, aprendemos com Daniel uma série de comportamentos que , se seguidos por nós, nos levam a uma vida de integridade, de excelência, o que o pastor batista Irland Azevedo¹ considera as atitudes mais importantes para o século XXI.

  Daniel foi ético, quando se recusou a comer as comidas e bebidas que o rei mandou servir a eles ( 1.8), preferiu apenas legumes e água, evitando assim de quebrar a lei mosaica que regia a vida do povo hebreu. Ele não se deixou seduzir pelos manjares, requinte, fartura de que poderia usufruir, não. Abriu mão de tudo isso em benefício de sua consciência moral, dando um excelente exemplo à juventude atual, mostrando que a ética é uma opção saudável.

 Daniel foi fiel , quando se negou a prestar culto à estátua de ouro que Nabucodonosor tinha mandado erigir e a qual todos eram obrigados a adorarem (3.18). Não, ele e seus amigos próximos se recusaram, se mantiveram fiéis a Deus, mesmo frente à ameaça de serem severamente punidos.Seus amigos foram atirados em uma fornalha extremamente quente, porém foram salvos por Deus do castigo injusto.

 Daniel foi leal, quando foi colocado como alta autoridade no reino, como o governador da Babilônia, e pediu ao rei que colocasse seus amigos próximos Ananias, Misael e Azarias como administradores ( 2.48,49). Ele não foi egoísta, não quis o poder e a honra somente para ele, não. Ele a dividiu com os amigos.

  Daniel foi honesto, os ministros e governadores, invejosos da posição do profeta, procuraram de todas as maneiras achar um motivo para acusar Daniel de ser mau administrador, mas não encontraram ( 6.4). Honestidade e caráter reto eram características próprias dele, e isso foi fundamental para que o jovem Daniel se destacasse entre os demais componentes do governo.

  Daniel foi humilde. Quando solicitado a comparecer diante do rei para explicar o sonho que o monarca não compreendia, Daniel foi claro afirmando que não havia ninguém que pudesse explicar aquele sonho, apenas Deus o poderia fazer ( 2.27,28). Ele não tomou para si a glória dessa explicação, mas foi claro quando se colocou como um mero servo do Senhor e, na dependência divina, esclareceu a Nabucodonosor o significado do sonho que tanto o afligiu.

 Daniel deu excelente testemunho, a ponto de o rei ter louvado a Deus, ao deus de Daniel, pelo fato de ter livrado seus amigos do fogo da fornalha ardente. Além disso, ordenou a todos que adorassem a Deus, e prometeu punir com a morte todo aquele que insultasse o nome Dele, pois, através da fé e das atitudes positivas de Daniel e de seus amigos, o rei se convencera que o verdadeiro Deus os havia livrado. Quando foi lançado – e livrado – da cova dos leões, mais uma vez o nome de Deus foi exaltado pelo rei , agora Dario, pelo livramento concedido aos rapazes judeus.

  Pelo relato bíblico, aprendemos que Daniel foi um jovem íntegro, reto, incorruptível e que fazia todas as coisas com excelência, ou seja, extremamente bem feitas.

 Foram muitas as qualidades do profeta Daniel, todas elas devem nos servir de exemplo, para que possamos dar bom testemunho de nossas vidas  a outros.

 Em uma época tão carente de boas lideranças políticas e espirituais, é mais que necessário que nos revistamos de integridade moral, que nossa vida, nossa presença e nosso trabalho possam servir de exemplo para outras pessoas e que possamos ser modelo para as futuras gerações, que vivamos da maneira mais agradável a Deus, em integridade e santidade.

 Que esse seja o nosso grande legado para as gerações futuras

Fernando Marin

1 AZEVEDO, Irland Pereira. De: pastor para: pastores, JUERP, Rio de Janeiro.2001