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terça-feira, 26 de março de 2019

(In)Justiça



(In)Justiça


Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares por ele Rm 13.1 NTLH


 Gosto de assistir aos telejornais enquanto tomo meu café da manhã, é sempre bom iniciar o dia bem informado ou ,pelo menos, pronto para enfrentar alguma adversidade previsível. Até mesmo pela previsão do tempo, embora essa falhe mais do que a Justiça dos homens aqui no Brasil.

 Falo da Justiça depois de assistir a uma reportagem, onde ,do helicóptero, as câmeras flagraram um grupo de 13 homens armados, uns 4 ou 5 com fuzis, “patrulhando” uma área de uma perigosa favela do Rio.

 Fatos como esse não são novidade, homens portando fuzis no Rio são fato corriqueiro, nem sei como eles adquirem essas armas de guerra, caras e complexas. Pior é que as usam até mesmo para assaltar uma padaria, colocando em risco a vida de muitas pessoas em caso de confronto com a polícia.

 Mas, o que mais me chamou a atenção nessas imagens nem foram os fuzis, já estou acostumado, mas sim pelo fato de um desses homens usar uma tornozeleira eletrônica, o que significa que é um elemento “monitorado” pela Justiça, portanto, um bandido conhecido e que está nas ruas por algum recurso jurídico em vigor.

 Creio que é a prova da ineficácia desse monitoramento. Claro que a maioria dos marginais, quando soltos, retorna imediatamente ao crime, isso é sabido por todos. É comum alguém ser preso e , ao se consultar a sua ficha criminal, se encontrar diversas anotações por crimes. E , apesar delas, o elemento está solto, praticando todo tipo de delito.

 Urgência urgentíssima uma completa reforma nas nossas leis penais e no Código de Processo Penal, readequando a nossa legislação criminal aos dias de hoje, aos crimes horrendos e hediondos a que assistimos todos os dias, tentando assim diminuir os índices de reincidência e de recuperação.

 E não só as leis que devem ser atualizadas, mas paralelamente deve acontecer uma reforma no sistema penitenciário, criar mais dignidade e disciplina, projetos de socialização, para que essa recuperação seja viável e poucos voltem a delinquir.

 Enquanto isso não acontece, nossos policiais enfrentam a morte todos os dias nas ruas num trabalho inócuo, como eles mesmo afirmam, de “enxugar gelo”, prendendo bandidos que estarão soltos e voltando ao crime em poucos dias e a população continuará acuada e sofrendo com a criminalidade cada vez mais crescente.

 Ou eu estou errado?


Fernando Marin


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segunda-feira, 25 de março de 2019

Barbárie



Barbárie



 Infelizmente, estamos nos acostumando a recebermos pela imprensa notícias absurdas, descabidas e violentas todos os dias. Crimes de toda espécie, com requintes de crueldade e motivação torpe acontecem às dúzias, diariamente, e em todos os lugares.

 Apesar do Estatuto do Desarmamento, quem quiser e puder pagar compra armas em qualquer esquina, e assim está equipado para praticar roubos e mortes, com a quase certeza da impunidade, gerada por leis antiquadas e ultrapassadas, do tempo ainda dos batedores de carteiras.

 Mas, é necessário que entendamos que, se alguém adquire uma arma irregular, é porque esse alguém estará maquinando algo em seu coração. E essa é a questão da violência hoje, o coração do homem está cada vez mais endurecido e isso vem disseminando o mal por toda parte.

 Me surpreendi, ontem, com uma notícia postada pelo site www.srzd.com , que falava sobre um incêndio na favela do Cimento, em São Paulo. Incêndio em comunidade carente por si só já é uma tragédia de grandes dimensões, já que nessas comunidades os barracos são fabricados com materiais inflamáveis, as ligações elétricas irregulares, os chamados “gatos”, são feitos de qualquer maneira e o ajuntamento das moradias é muito denso, o que favorece a propagação do fogo rapidamente.

 O site apresenta um vídeo, onde motoristas que passavam pelo local, promoviam um “buzinaço” e gritavam “ vagabundos”, ou algo do tipo, se referindo aos moradores em pânico e que tentavam salvar algo do incêndio.

 Comentar o quê?

 Felizmente, havia uma desocupação já planejada para o dia seguinte e muitos moradores já haviam deixado a comunidade. E os que restaram conseguiram sair ilesos de lá, apesar da grande proporção do incêndio.

 O que está acontecendo com a sociedade?

 Que cada um reflita e tente compreender, por que eu não tenho respostas.

Fernando Marin

"A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará;"

Mt 24.12 NTLH