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domingo, 8 de novembro de 2015

Política: participar ou ignorar?



Política: participar ou ignorar?


Por: Fernando Marin



 Política, palavra feminina que, de acordo com o Dicionário Michaellis significa “ arte ou ciência de governar, arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados“.

 É a política que cuida do governo e de tudo que envolve a administração pública no mundo todo, desde os tempos bíblicos.

 Já naqueles tempos haviam bons e maus governantes. Israel teve um total de 40 reis, e a Bíblia nos conta que uns fizeram governos bons e honestos, como Asa (1Rs15.9,10) e Josafá (1Rs22.42), por exemplo, e outros governaram mal e longe dos caminhos do que seria do agrado de Deus – Jeoás (2Rs 13.10) e Acabe (1Rs 16.28-30) são bons exemplos disso.

 Lendo o texto bíblico em Provérbios 29 . 2 (" Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas,, quando os maus dominam, o povo reclama “), temos uma exata noção do que acontece nos dias de hoje, com o povo brasileiro.

 Há uma enorme insatisfação popular com o governo do país devido à crise econômica que nos assola e pelos escândalos éticos envolvendo a diretoria de empresas estatais e particulares, que teriam de alguma maneira beneficiado financeiramente políticos ligados a alguns partidos, há até mesmo uma grande operação apurando tudo isso, que já obteve bons resultados colocando na prisão e condenando vários nomes ligados ao esquema criminoso.

 Quando alguém se diz político hoje no Brasil é logo taxado de desonesto, corrupto ou sanguessuga do erário. A classe está mesmo muito mal vista pelo povo devido a todos esses fatos desabonadores a que assistimos nos noticiários diários. Parece que não há um político honesto sequer , é o que se diz.

 Não podemos pensar assim. Com certeza há pessoas de bem nesse meio, e se não há mais devemos nos culpar por isso, já que todos foram eleitos pelo voto popular e estão lá porque o povo depositou a sua confiança neles.

 Costumo dizer que , em relação a isso, temos dois caminhos a tomarmos. Ou permanecemos criticando, reclamando e sofrendo ou decidimos participar mais ativamente da vida política, procurando fazer com que nossos direitos de cidadãos sejam cumpridos, fiscalizando, cobrando e exigindo lisura em todos os processos da administração pública.

 Escolhi o segundo caminho, me filiando a um partido político e participando mais ativamente do processo. Sou criticado por alguns, que alegam que a política não é lugar para homens de bem, é reduto de corruptos e gente do mal.

Tenho que discordar disso, e com base na própria Bíblia. Ora, somos a luz desse mundo ("Vocês são a luz para o mundo". Mt 5.14) , ou seja, de acordo com Jesus o nosso papel é o de iluminar onde há trevas. O mal ( trevas) somente se instala onde o bem (luz) não está presente!

Jesus ainda nos ordena que devemos estar em todos os lugares, levando a Palavra ( "Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores".  Mt 28.19), devemos estar em todos os lugares, sendo exemplo, mostrando como obedecer a Cristo e fazendo novos discípulos.

 Lembro que a nossa missão é centrípeta ( para fora). A própria palavra igreja, é tradução do grego “ekklesia” , 'chamados para fora', aqueles que tem uma missão a cumprir pelo mundo.

 Não, Jesus não nos quer confortavelmente sentados nos bancos das igrejas, ele nos quer pelo mundo, pregando, dando bom testemunho, ocupando os espaços para que o mal não se instale. Afinal, se os maus estão no poder é porque os bons se omitiram, não é?

 Muitos creem que devemos orar pedindo a Deus que resolva todos os problemas, e se esquecem de que NÓS somos os braços e a boca Dele aqui na terra! Essa função é nossa, devidamente orientada e dirigida por Ele.

 Claro que a nossa vida espiritual é importante, e devemos orar, cultuar e nos colocarmos na presença de Deus. Mas, lembremos daquela passagem em Marcos 12.16 , onde o próprio Jesus ensina de que “Deem a César o que é de César , e deem a Deus o que é de Deus".

 Há um tempo para tudo em nossas vidas ("Tudo nesse mundo tem seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião". Eclesiastes 3.1).

 Há o tempo para estarmos nas igrejas, orando, cultuando, há o tempo do nosso trabalho, das nossas obrigações civis, do nosso descanso e lazer e há o tempo para a participação na vida pública, visando buscarmos as mudanças que tanto queremos para a nossa cidade e para o Brasil.

 Fica aqui o desafio: vamos ocupar a política nacional com homens de bem, para que possamos trazer paz, conforto, justiça e dignidade, principalmente para os mais pobres e que mais sofrem com a situação atual.

Fernando Marin





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