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quarta-feira, 4 de março de 2020

Chuvas & Mortes

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Chuvas & Mortes

Por: Fernando Marin



  Infelizmente, não é novidade : verão é época de chuvas fortes, todos os anos isso se repete, embora ultimamente com maior intensidade. E é esse é o alerta dos meteorologistas, devido a fatores climáticos há expectativa de chuvas fortes de maneira cada vez mais constante.

 Apesar desses alertas , muito pouco tem sido feito pelas autoridades para que os efeitos dessas chuvas não fossem tão mortais. Nos últimos dias aconteceram algumas dezenas de mortes devido à queda de barreiras e inundações, além dos grandes danos materiais causados à população.

 Mesmo sabendo dessa triste rotina, pessoas continuam construindo suas moradias em áreas de risco, aproveitando-se da ausência de fiscalização eficaz na maioria dos municípios brasileiros. Isso se deve a uma carência de planos habitacionais que possibilitem as pessoas a adquirirem seus imóveis - dentro de sua capacidade de pagamento ¨- em locais seguros e com infraestrutura ideal. 

 Pode até acontecer de alguém escolher residir em uma área dessas por gostar, mas acredito que a grande maioria das pessoas que moram em áreas de risco estão ali por falta de opção melhor. Os governos não tem dado à moradia a importância que deveriam, o déficit habitacional no país é enorme ( quase 8 milhões de moradias), e os projetos ora em curso não conseguem atingir nem de perto o número necessário de famílias a serem atendidas.

 Ainda há a questão das construções irregulares para venda e locação, por preços abaixo do mercado mas sem garantia alguma de segurança e qualidade.

 É mesmo uma questão difícil de ser resolvida, porém envolve risco de perda de vidas e de bens, portanto deveria haver uma ação da parte dos governos municipais e estaduais na questão da fiscalização de construções em áreas de risco ou de preservação ambiental e na adequação de áreas para que pudessem passar a serem habitadas, evitando tantas tragédias e prejuízos.

 Nossas cidades também requerem obras com vistas a evitarem inundações e deslizamentos de terra, que vem atingindo cada vez mais a população, causando enormes prejuízos ao comércio, indústria e à economia em geral.

 Não é segredo para ninguém que o clima no planeta está se alterando a cada dia, e temos que nos adaptarmos a isso. A urbanização sem critérios tem impermeabilizado cada vez mais o solo das cidades, impedindo a infiltração de água , causando enchentes e devastação. Por outro lado, a expansão urbana acaba por ocupar espaços próximos a rios e áreas inundáveis , tomando espaço antes ocupado pelas águas, áreas sujeitas a enchentes.

 Já há tecnologia para se criar mecanismos os mais diversos e relativamente simples para aproveitamento da água das chuvas ou da criação de áreas esponja, com capacidade de absorção  para prevenir os alagamentos.

 Fica a pergunta: quantas vidas mais ainda se perderão antes de se resolver essas questões?

Fernando Marin

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